Risco de queimadas

Ondas de calor aumentam risco de queimadas no Brasil

20 de setembro de 2023


A SOBRE recomenda a leitura de entrevista com a pesquisadora Mercedes Bustamante na Revista Fapesp para entender como as mudanças climáticas afetam biomas importantes como o Cerrado

A última semana do inverno de 2023 será de altas temperaturas na maior parte do Brasil. Meteorologistas alertam que, além das ondas de calor intenso, pode haver queda na umidade relativa do ar, aumentando a probabilidade de queimadas no Sudeste e Centro-Oeste, regiões que ainda estão no período de seca.

Muito embora seja um fenômeno circunstancial, as ondas de calor podem acontecer com cada vez mais frequência devido às mudanças climáticas. De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), a Terra hoje está cerca de 1,1 °C mais quente do que no final do século 19. E a década passada (2011-2020) foi a mais quente já registrada.

O aumento da temperatura é apenas o início de uma espiral de problemas causados por atividades humanas, como a queima de combustíveis fósseis e o desmatamento.

As consequências das mudanças climáticas incluem secas intensas, escassez de água, incêndios severos, aumento do nível do mar, inundações, derretimento do gelo polar, tempestades catastróficas e declínio da biodiversidade.

Nos próximos dias, o aumento da temperatura - que pode ultrapassar 40 graus - traz um alerta para o cuidado com os nossos biomas, que podem estar mais expostos a queimadas.

Em entrevista à Revista da Fapesp, a bióloga Mercedes Bustamante, pesquisadora da UNB (Universidade de Brasília) avisa: as mudanças no uso da terra estão deixando o clima no Cerrado mais quente e mais seco e isso vai se acentuar cada vez mais com as mudanças climáticas.
 O impacto não será apenas regional, porque os rios que nascem no Cerrado abastecem oito das 12 bacias hidrográficas do Brasil, além do aquífero Guarani, que fornece água para o Centro-Oeste, Sudeste e Sul. Secando o Cerrado, vai acabar a água também em outras regiões.

Na reportagem, Bustamante destaca ainda um estudo realizado por ela em 2022, apontando que no Cerrado existem regiões nas quais a temperatura já subiu mais do que o valor médio. E aponta que a solução para amenizar os prejuízos depende de vontade política e articulação com o setor privado.

Recomendamos a leitura da entrevista completa na revista da Fapesp, acesse aqui.




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